sexta-feira, 30 de julho de 2010

Preguiça

É feio, eu sei. Não consigo evitar. É, é preguiça mesmo. De pensar e de escrever. Tem tanta coisa acontecendo na minha vida, nem todas boas, uma péssima, aliás. Está difícil colocar minha vida em palavras, principalmente quando estou com a cabeça anuviada por tantos acontecimentos. Estou refazendo muitos conceitos falhos que tinha a respeito da vida... da MINHA vida. Coisas bem positivas, porém é duro ter de reconhecer tantos erros que achei que não cometeria... Pelo menos não da maneira como fiz.
Achava que era uma pessoa positiva, de bem com a vida, que não deixava nem a depressão tirar o sorriso do rosto. Tolice! Eram tentativas de esquecer o que se passava em minha mente, em meu coração. Descobri, tristemente, que sou uma pessoa totalmente negativa. Que fui fonte de grande parte da minha tão terrível depressão, que perdurou por dois anos e meio.
De tanto tempo parada, tanto tempo desistindo dos meus dias, da minha vida. Menina presunçosa eu, colocava a culpa em Deus, me sentia magoada, abandonada, quando a culpa era na verdade minha. EU sou o problema. Sempre fui minha pior inimiga. Sempre sabotei minha vida quando esta estava começando a florescer. Isso dói em mim. Mas o que me consola, me alegra e me faz ter vontade de viver é que Deus nunca desiste de mim, pois me ama muito. Eu sei que ama, está nas histórias da Bíblia e também na minha história.
Ele providenciou um áudio livro através de uma amiga querida que tem falado muito comigo. E também outro livro que se chama "30 Dias para Viver". Através desse livro que percebi que não vivi até o presente momento, só fingi viver (como escrevi um dia em um poema: "Quem não ama não vive, só finge viver."). Eu preciso amar a mim mesma, descobrir quem sou eu e o que Deus planejou com tanto carinho para minha vida.
Outra coisa, que eu já sabia, mas não queria encarar, é o fato de que, em determinados casos, eu meço meus limites físicos de acordo com os dos outros. Minha mãe ficou mal de saúde, ainda não sabemos bem o que é, mas que a impossibilitou de cumprir os afazeres domésticos. Eu e minha amiga que está morando passageiramente aqui em casa, arregaçamos as mangas e mãos à obra! Só que minha amiga já está acostumada a "pegar no batente". Eu, por outro lado, a dois anos e meio passando a maior parte do tempo sentada ou deitada e engordando meus queridos 10kg... =) Resolvi seguir o ritmo dela. Se ela pode, eu também posso. Ah! O orgulho, amargo e ácido orgulho. O que aconteceu? Estou tendo de fazer repouso, mancando feito senhora idosa, com os joelhos e os quadris em frangalhos. Será que agora aprendo? Teimosia, teimosia... essa teimosia que me empaca feito burro xucro. Algum dia aprendo. Espero que em breve.

5 comentários:

  1. Oi Francine. A palavra que me veio à mente depois que li alguns de seus textos foi: UAU! Coragem. Isso é coragem mesmo. Eu tera tantas coisas para descrever assim como você, mas não achei que outras pessoas se interessariam. Entendi muito bem o que você quis dizer com o "não se conhece sem depressão". Eu passei tanto tempo para baixo, com medo mesmo de ficar maníaca que, quando comecei a melhorar, nossa, veio aquele medo de estar começando a ficar maníaca novamente. Mas os outros e nós mesmos com o tempo percebemos os sinais. Amei seu blog, as cores, delicado. Obrigada pelas visitas.

    Um grande beijo.]Se quiser, me escreve.

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  2. Francine...

    "se você não existisse Deus reinventaria você"

    viva a la vida, ainda que "agarrada" em seus sonhos...viva!

    Beijos de IT do som do coração

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  3. Olá,

    Desconhecer a realidade não é ser negativa, mas negá-la pode levar a isso...
    E pode parecer maluco, mas assumir a auto-sabotagem tem um grande teor de presunção que talvez faça a maionese desandar mais ainda. Somos seres humanos e algumas coisas escapam de nossas vidas, como o amor que às vezes escapa pelas frestas de nosso castelo...
    Abs.

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  4. Obrigada pela visita "historinhasdesimportantes"!

    Mas engraçado, eu sempre aprendi (tanto na igreja, na escola, na faculdade e na vida) que o primeiro passo para mudar/melhorar é reconhecer o erro/falha. Mais engraçado ainda é que venho notando que estou me preocupando mais com a saúde do meu próprio corpo do que com os que os outros pensam de mim. Um grande avanço, pois minha auto-sabotagem tem uma certa raiz nisso... nessa atitude besta de medir meus limites pelo os dos outros. Quando estou melhorando de saúde e de postura, começo a ver que existem pessoas em melhor situação q eu, que fazem mais q eu e "blá blá blá", e por não ser tal qual elas eu fico me punindo.
    Só que como eu reconheci esse meu defeito e pedi a ajuda de Deus pra mudar, persebo q estou mudando. Aos poucos, mas estou mudando.

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  5. Francine,

    Obrigado pela visita. E que bom que está melhorando. E um conselho: (desculpe a arrogância, rsrs) não se puna...e para isso não meça seus esforços numa competição desenfreada. Eu tenho comigo o hábito de me comparar aos outros apenas como referencial, daquilo de bom possamos construir - apesar que algumas coisas nem são tão boas assim. E percebi que algo de bom (apesar de você não acreditar nisso totalmente) vi nas suas palavras sinceras. Acredite, ninguém é de ninguém e aparentemente o que parece satisfatório nos outros não o é de verdade. Eu perdi meu pai há dois meses, é duro, retomar a rotina, os projetos...a cabeça pira. Mas não adianta culpar a Deus. Eu agradeço (apesar de não frequentar igreja alguma) por ter tido um pai como o meu. Eu passei um pouco do que ele era com erros e acertos no texto do blog. É isso. Aprender é a chave, não remoer erros, lembrar de tudo de bom que proporcionamos às pessoas que fazem ou fizeram parte de nossa vida. Um grande abraço!
    Marcos V

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